quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Festival Riffs, Grooves e Beats

O Brasil vive um momento muito fértil na música contemporânea. Artistas de várias partes do país estão criando novos sons a cada dia. Com o advento da internet, a comunicação entre eles ficou mais fácil, assim como a divulgação e a influência de um trabalho artístico em outro. Artistas de diferentes regiões do país representam essa riqueza musical no palco. Seja trazendo riffs de guitarra exclusivos, seja com grooves originais ou beats inusitados, nenhum dos repertórios se encerra em um só ritmo. Pelo contrário, todos eles reinventam suas influências, misturam as referências e produzem materiais exclusivos.

04 de janeiro – Karina Buhr e Cidadão Instigado
Karina Buhr lançou o aclamadíssimo CD “Eu Menti pra Você”, primeiro solo dela depois da banda Comadre Florzinha. Cantora e compositora, nasceu na Bahia e foi criada em Pernambuco, onde viveu intensamente a música de raiz, as pastoras, o cavalo marinho e o maracatu. Cheia de carisma e acompanhada de uma banda de primeiro time, traz de lá um colorido que faz suas músicas e letras muito especiais.
Cidadão Instigado lançou em 2009, o terceiro álbum “Uhuuu!”. Aclamado pela crítica, traz um rock psicodélico no qual contrastam referências como Roberto Carlos, Santana, Pink Floyd e Bee Gees. Os novos arranjos se embalam numa música brasileira contemporânea, cheia de guitarras alucinadas e letras poéticas, cantadas numa voz melódica, única. O CD foi indicado a quase todos os prêmios da música brasileira; foi considerado o “melhor show de 2009”, pelo Guia da Folha, e o segundo melhor álbum pela Revista Rolling Stone. A banda também foi indicada ao Prêmio Multishow, Prêmio Música Digital e Prêmio Bravo. O vocalista e guitarrista Fernando Catatau foi considerado “o homem do ano” pelo jornal O Globo.

• 11 de janeiro – Tigre Dente de Sabre e Edgard Scandurra
Tigre Dente de Sabre é um trabalho instrumental que consegue naturalmente mediar-se entre a linguagem do jazz, a elegância do erudito, o subsolo do underground e soar como uma festa de música eletrônica. Mistura também instrumentos elétricos com acústicos, música computadorizada e reúne novas tecnologias em música moderna aliados à potência do Live Cinema.
Sua utilização torna-se cenário para performances, iluminação, registro ao vivo com câmeras de segurança, VJ, metalinguagem com cinema, exploração visual, sensorial e utilização de imagens em 3D.
Edgard Scandurra é o guitar hero brasileiro e acaba de lançar seu mais novo DVD. Partindo da ideia de celebrar os 20 anos do emblemático disco Amigos Invisíveis (1989), Scandurra preparou um show repleto de suas investidas. Traz músicas de toda a sua carreira, desde o Ira! até seu trabalho mais eletrônico “Benzina”, além de composições inéditas. Tudo temperado com arranjos modernos e timbres deliciosos, graças ao sabor forte de sua inseparável guitarra – a parceira de sempre, marca registrada e bandeira de seu triunfo notório no rock pop brasileiro.

• 18 de janeiro – Retrofoguetes e Maquinado
Retrofoguetes é a banda soteropolitana que foi criada em 2002 como uma banda de surf music. Incorporaram outras influências, como: rockabilly, polca e música circense; e abrem espaço no repertório para elementos de mambo, tango, música italiana e swing jazz. Some a isso uma ambientação na literatura, cinema e HQs de ficção científica. O resultado é música pop bem-humorada e extremamente visual, como na trilha sonora de um filme imaginário.
Maquinado, projeto de Lúcio Maia, guitarrista da Nação Zumbi, é mistura e transformação. “Mundialmente Anônimo”, é seu segundo e novo disco. Considerado um dos melhores guitarristas de sua geração, Lúcio também está à vontade como cantor e apresenta uma identidade vocal bem definida. No show ele é acompanhado por guitarra e efeitos, percussão, baixo, bateria e DJ. Maquinado é considerado um dos projetos mais inventivos da atualidade.

• 25 de janeiro – Ava CóR e Nação Zumbi
CóR é a banda de Ava Rocha, filha do cineasta Glauber Rocha e que lançou recentemente o álbum de estreia “O Vermelho do Vermelho”. Nele, o grupo celebra a tradição da canção brasileira e latino-americana num encontro com procedimentos sonoros contemporâneos, frutos da música digital, do cinema e da arte sonora. Sua música convida o público a transitar (ziguezagueando) por formas e movimentos que se completam num conjunto de caminhos melódicos e harmônicos em diálogo efetivo com texturas e paisagens sonoras.
Nação Zumbi segue a linhagem das melhores bandas brasileiras de todos os tempos. A banda pernambucana, antes conhecida como Chico Science & Nação Zumbi até 1997, é uma das fundadoras do movimento Manguebeat, o Manifesto dos Caranguejos com Cérebro, um dos principais movimentos artísticos dos anos 90. Com percussão, tambores e alfaia a banda vive numa profusão de ritmos; misturam rock com hip hop, maracatu e música eletrônica.

04 a 25 de janeiro
Terças, às 13h e às 19h30
Teatro (125 lugares) | Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
R$ 6 (inteira) | R$ 3 (meia entrada para estudantes, professores, correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)
Terça a domingo, das 10h às 20h | Telefones: (11) 3113-3651/52

Classificação indicativa: livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário