quinta-feira, 28 de abril de 2011

Trilhas especiais por Martin Montenegro

Martin é uma dessas pessoas que conheço muito mais pelas redes socias, na verdade não sabemos nem mesmo se nos conhecemos pessoalmente, mas não seria por esse motivo  menos satisfeita de "conviver" com esse querido. Nossa amizade virtual se deu por conta de alguns trechos de um livro meio infantil, meio sedutor que postei durante um tempo para alguns amigos e pronto....  aqui no blog ele tem uma participação muito marcante e solicita, enfim gente boa de se gostar e trocar experências! E como  todos sabem, no aniversario a trilha  é sua! Parabéns Martin!

Com vocês as trilhas escolhidas e suas considerações.

'Footprints', do Wayne Shorter quando ainda tocava no quinteto de Miles Davis. Prefiro essa versão posterior do Wayne àquela do Miles: mais swing, mais "slowness", menos metódica. Aliás, o álbum que a traz, 'Adam's Apple', é todo fenomenal. Já decorei cada fraseado - e recomendo!




'Nanã', do Moacir Santos, é um "crássico" de um dos grandes mestres da música nacioná. Moacir foi guru dos grandes, então é dinossauro "Rex" que legou a sofisticação da bossa-nova, as inovações da tropicália e de tantos outros. Incontornável. Sabe aquela história de "qual disco levar pra uma ilha deserta e só pode ser um"? 'The Maestro' seria minha escolha.



Se existe um mantra que me coloca em órbita, em contato com os "insuspeitos pilares astrais" do mundo, é o som de Mulatu Astatke (aqui, 'Nètsanèt', de 1974). Faz mais de meio século que ele lançou a moda do jazz etíope, que mistura a guitarra "suja" africana, os metais em brasa norteamericanos e a influência modal árabe da costa leste africana, da qual a Etiópia faz parte. Mulatu foi o exército-de-um-homem-só desse movimento. Mas influenciou gerações inteiras (Fela e Femi Kuti, Papa Wemba, Manu Dibango, etc), e sua sonoridade penetra os espíritos até hoje. Ok: eu levaria Mulatu pra ilha também.




O álbum 'End of The World Party' é um dos meus preferidos do trio norteamericano de vanguarda jazzística Medeski Martin & Wood. O trio mistura rap, eletrônica, sonoridades a la Cage: cada álbum é uma aventura e uma inovação, sem nunca abandonar o formato "basicão" piano-baixo-e-bateria (mesmo que cada instrumento seja substituído pelas mais esdrúxulas variantes). A primeira faixa desse álbum em questão, 'Anonymous Skulls', me remete aos "Killing Fields" (Roland Joffé, 1984 - vale a pena assistir) do Camboja, os arrozais cheios de cadáveres da revolução do Khmer Vermelho de Pol Pot. Arrepiante, e igualmente recomendado!

http://espacoeulirico.blogspot.com/2010/07/espacos-martin-montenegro.html

Um comentário:

  1. Oieee, voltei para convidar você para o sorteio que estou fazendo no meu blog.

    O sorteio acontece 15/06/2011
    Será mix de doce.
    Boa sorte!!

    www.tatidesignercake.blogspot.com

    ResponderExcluir